Nos últimos anos, o conglomerado Red Bull GmbH tem conquistado terreno no mapa do futebol mundial. Depois da Áustria, chegou a países como Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Gana, Japão e Inglaterra. Agora, é a vez da França.
Em comunicado oficial, o Paris Football Club anunciou que vendeu parte das ações para duas partes: a Financière Agache S.A. e a Red Bull GmbH. A Agache será acionista majoritária, enquanto o conglomerado austríaco entra com uma participação menor.
Os objetivos são claros. Primeiro: colocar as equipes masculina e feminina do Paris FC na elite do futebol francês. Segundo: colocar o clube no coração dos parisienses, um espaço que hoje é amplamente dominado pelo Paris Saint-Germain.
“A Agache, assessorada pela Red Bull, pretende contribuir para a influência dos valores únicos do clube e oferecer-lhe os meios necessários para continuar o seu desenvolvimento econômico, cívico e desportivo”, diz o comunicado publicado em 17 de outubro de 2024.
“Através do seu percurso e da sua história, o Paris FC encarna outra faceta do futebol na capital. Com a chegada de Agache como acionista majoritário do clube, o clube mudará de dimensão e almejará novos sucessos”, acrescenta o texto.
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A relação entre Paris Saint-Germain e Paris FC guarda algumas curiosidades. O PFC foi fundado em 1969, mas se fundiu em 1970 com o Stade Saint-Germain para o nascimento do PSG. No entanto, uma dissidência do novo clube decidiu abandonar o projeto em 1972, (re)criando o Paris FC – que, ao longo de décadas, patinou em divisões de acesso enquanto rival se tornou um protagonista nacional.
Embora a possibilidade de transformar o Paris FC em um Red Bull Paris pareça remota, a associação do conglomerado austríaco com o clube francês segue a linha de outra negociação: a entrada no Leeds United, do qual a Red Bull é dona de 10% das ações.
Mas independente de uma mudança de identidade, o Paris FC passa a ser visto com outros olhos. Vem um novo emergente por aí?
Confira outros clubes do projeto da Red Bull no futebol:
- FC Red Bull Salzburg (Áustria): Criado em 2005 a partir do antigo Casino Salzburg, é o clube mais longevo e vencedor do conglomerado.
- FC Liefering (Áustria): Nascido como USK Anif, foi adquirido em 2012 e virou um time satélite da Red Bull nas divisões de acesso da Áustria.
- Leeds United (Inglaterra): A Red Bull é acionista minoritária da equipe, em moldes semelhantes ao que acontece no Paris FC.
- New York Red Bulls (EUA): É o antigo New York/New Jersey MetroStars, um dos fundadores da MLS. Foi vendido em 2006 e possui ainda dois times: o NY Red Bulls II e a equipe sub-23.
- RB Leipzig (Alemanha): Nascido em 2009 a partir da compra de outra equipe. Não leva o nome Red Bull por questões legais da Alemanha, mas deu um jeito de encaixar a sigla RB.
- Red Bull Bragantino (Brasil): Nascido em 2020, quando a Red Bull assumiu a gestão do Bragantino. Antes, a empresa já havia fundado o Red Bull Brasil em 2007, mas a falta de resultados transformou o clube em time B do Bragantino.
- Omiya Ardija (Japão): Fundado no fim da década de 1960, foi vendido em 2024 para a Red Bull, mas mantém a identidade original.
- Red Bull Ghana (Gana): O principal fracasso do conglomerado, foi fundado em 2008 e fechou as portas em 2014, quando se fundiu a uma academia do Feyenoord para a criação de um novo clube.